essa não é mais uma carta de amor, são pensamentos soltos traduzidos em palavras, pra que você possa entender o que eu também não entendo...♪

Obrigada a todos! Desde 13/03/2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

Rezei um Pai Nosso Difícil...

 



         Orante:
          Hoje, estou com pressa.
          Vou rezar, depressa este Pai Nosso…
          “Pai Nosso que estais nos Céus”.
          
          Deus:
          Sim, diz lá, o que queres de mim?
          
          Orante:
          Eu estou a rezar o Pai Nosso.
          Por favor, deixe-me em paz.
          Estou com pressa!
          
          Deus:
         Então mas não estavas a chamar por mim?
          Eu ouvi-te dizer:
          Pai Nosso que estais nos céus!
          
          Orante:
          Eu?!
          Bem, eu nem estava a pensar no Senhor,
          não meu Deus!!!
          Eu estava a rezar! Bem, deixa-me continuar. 
          Desculpa, estou com muita pressa…
          
          Deus:
          Está bem!!!
          Só pensei que querias falar comigo. 
          Mais nada!
          Se te puder ajudar nalguma coisa!!!
          
          Orante:
          Não, nada de especial. Obrigado.
          Estou só a rezar.
          Não preciso de nada não.
          Posso continuar?
          “Santificado seja o Vosso Nome…”
          
          Deus:
          Eu gostaria de saber se realmente
          o meu nome tem alguma importância
          na tua vida…
          ao chamares tantas vezes por mim,
          faze-o com consciência?
          
          Orante:
          É… mais ou menos!
          Mas, por favor,
          deixa-me acabar a oração.
          Estou atrasado…
          “Venha a nós o Vosso Reino,
          seja feita a Vossa vontade assim na
          terra como no céu…
          
          Deus:
          Sim, estou a ouvir do céu.
          Mas poder-me-ás dizer o que estás
          a fazer para que o meu Reino
          aconteça no meio das pessoas?
          Preocupas-te mesmo em fazer
          a minha vontade?
          De que maneira?
          
          Orante:
          Bem… eu,
          de vez em quando, vou à missa, 
          ás vezes rezo a noite ou de manhã,
          pago a côngrua à paróquia… e,
          as vezes,
          até dou algum trocado para os pobres,
          mesmo não estando bem
          de acordo com esses…
          
          Deus:
          É a isso que chamas
          “fazer a minha vontade na terra?”
          Achas que quero coisas ou prefiro
          que ajudes os necessitados?
          O que me agrada é tudo o que fazes
          em favor daquele que sofre.
          Visita os presos, os doentes,
          promove a vida,
          anima os tristes e os desesperados,
          ajuda as crianças, os velhos,
          os marginalizados,
          ajuda a resolver os problemas…
          
          Orante:
          Certo, certo…
          Mas muita coisa que reclamas,
          Senhor, não é bem comigo, não!
          É mais com o governo,
          com a câmara, com os padres,
          com as freiras, entendes?
          Mas, desculpa, OK?
          Essas coisas estão a atrapalhar
          a minha oração.
          Olha, eu vou continuar a minha reza.
          Com essas interrupções vou até
          esquecer a seqüência da oração…
         
          Deus:
          Desculpa?
          Eu pensei que a tua oração fosse
          sincera ao pedir-me que a minha
          vontade se fizesse entre vós…
          pensei que fosses sincero e honesto comigo…
          mas… tudo bem,
          podes continuar a tua oração…
          
          Orante:
          “O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
          Perdoai…”
          
          Deus:
          Acabo de anotar o teu pedido:
          pão para cada dia. 
          Mas diz-me uma coisa:
          é para ti que estás a pedir pão
          ou para milhares de famintos da terra?
          Parece-me que estás preocupado
          com o teu peso, até fazes dieta…
          não será porque tens alimentos
          de sobra,
          Enquanto os outros fazem dieta forçada
          pela injustiça social?
          
          Orante:
          Ufa!!!
          Está difícil rezar este Pai Nosso, hoje!
          Cortas-me a devoção!
          Vou continuar.
          Por favor, não me interrompas,
          está bem? 
          “Perdoai as nossas ofensas,
          assim como nós perdoamos a quem
          nos tem ofendido…
          
          Deus:
          Perdão se interrompo de novo.
          Eu ouvi sim, o teu pedido de perdão,
          só que, antes,
          deixa que eu te apresente a lista
          de pessoas a quem deves perdoar,
          amar e respeitar mais.
          Tu estás a condicionar o meu perdão
          ao teu perdão…
          eis a lista de nomes…
          
          Orante:
          Ah! Essa não!
          Olha só,
          se tu conhecesses essas pessoas…
          queria ver!…
          E ainda mais, se eu perdoar,
          se voltar a ter amizade,
          se ajudar essas pessoas que me ofenderam,
          aonde vai parar o meu prestígio?
         
          Deus:
          E eu?
          Há quantos anos te estou a perdoar?
          A coisa é assim:
          se tu perdoares,
          eu também te perdôo e te dou a paz.
          Caso contrário, nada feito.
          
          Orante:
          É, entendi…
          Mas não sei o que fazer, não.
          Agora eu quero acabar de rezar
          esta minha oração:
          “Não nos deixeis cair em tentação,
          mas livrai-nos do mal”.
          
          Deus:
          Muito bem! Gostei do teu pedido,
          que eu te livre de todo o mal.
          E eu o farei com todo o prazer.
          Só que eu queria que me dissesses:
          quais as pessoas que te tentam
          para o mal?
          Que ambientes freqüentas?
          Que idéias alimentas?
          Que ações desonestas costumas
          praticar?
          
          Orante:
          Como?
          O que queres saber desta vez?
          
          Deus:
          O que fazes para crescer e aprofundar
          a tua fé e a tua esperança?
          Como estás a amar o próximo,
          o irmão que vive ao teu lado?
          E aqueles marginalizados pela sociedade?
          
          Orante:
          Bem… bem… meu querido bom Deus!
          Tudo bem, tudo bem.
          Mas só te digo uma coisa:
          eu nunca me tinha confrontado
          contigo na oração.
          Eu rezava e pronto.
          Sabes,
          esta foi a oração mais difícil da
          minha vida…
          Mas, pensando bem,
          valeu a pena.
          Mesmo tendo me atrasado tanto…
          Deus:
          Sinto alegria em ajudar aquele que
          se dispõe a cumprir aquilo que me pede.
          Sou Pai, sim,
          e amo os meus filhos e filhas.
          Só quero o bem para cada um.
          Ofereço a minha luz,
          a minha graça e força a todos os(as)
          que me pedem de verdade
          Todas as vezes que sou anjo não
          me  surpreendo apenas sinto
          as agruras do destino e me deixo
          sorrir.
           Sorrindo sou mais anjo
          do que todos  os demônios.
           
           
           Mi*

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